sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Acabou o "mês das missões"... acabou a missão?


Carlos del Pino
Agosto/2017

Foi no dia 12 de agosto de 1859 que desembarcou no Rio de Janeiro o missionário norte-americano Rev. Ashbel Green Simonton, fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil. É por isso que em agosto comemoramos o “mês das missões”. Cada ano nesse mês grande parte das nossas igrejas dedicam tempo e atividades ao trabalho missionário presbiteriano dentro e fora do Brasil: são inúmeras conferências missionárias, bandeiras de vários países do mundo, comidas exóticas e roupas típicas de diversos lugares, levantamento de ofertas especiais... Para os missionários que estão visitando o Brasil é, sem dúvida, um mês de muitas viagens, programações e atividades! Mas agosto está acabando, faltam poucos dias para setembro, a vida eclesiástica pouco a pouco volta ao normal... Mas não nos preocupemos: em agosto do próximo ano voltaremos às missões!! Será que, ao acabar agosto, acaba-se também a missão?

Como todos já sabemos, a missão é muito mais do que um mês! E para expressar melhor isso, gostaria de lembrar-nos de alguns elementos que fundamentalmente definem os contornos da missão e orientam as nossas práticas missionárias:

1. A missão é sempre uma obra de Deus: pensar que somos os donos da missão ou que podemos estabelecer suas prioridades e estratégias é uma das nossas maiores equivocações missionárias. Na verdade, o maior interessado pela salvação humana é o próprio Deus, quem estabeleceu os procedimentos redentores eternos e agiu consistentemente na história ao enviar a Cristo como Salvador. Dessa forma, o conceito de missão se localiza e se centraliza primordialmente na pessoa e na obra de Deus;

2. A missão é sempre aprendida nas Escrituras Sagradas: sendo uma obra de Deus, somente podemos compreender a profundidade da missão se insistentemente vamos à Bíblia. É por meio da palavra de Deus que podemos compreender o que significa a missão, bem como a sua extensão e implicações para a nossa vida, família, igreja e sociedade. Isso nos leva a uma aproximação da Bíblia (leitura, interpretação e vivência) que busca ver as distintas dimensões da missão na vida e na obra de Deus de forma a contribuir para que se estabeleçam e cresçam conceitos e práticas missionárias adequadamente derivadas do Deus missionário;

3. A missão é sempre realizada por todos os crentes: é tarefa de todos os que cremos em Cristo, de toda a igreja: ao pertencer a Cristo, a igreja se torna missionária! Isso tem a ver com a vocação dada por Deus à igreja e à cada crente. Todos somos igualmente chamados e vocacionados ao ministério de glorificar a Deus e servi-lo com todo o potencial de vida que ele nos dá, com os nossos dons, talentos e recursos. Sendo a vocação cristã reflexo da ação redentora de Cristo, todos os salvos e santos ouvem a voz e o chamado de Deus para seu serviço e missão. Este é o núcleo da vocação missionária da igreja!

4. A missão é sempre destinada a todos os seres humanos e ao ser humano todo: a missão se preocupa em levar o evangelho de Jesus Cristo a todos os seres humanos e a cada dimensão de sua vida e sociedade. Nesse sentido, homens e mulheres de todos os lugares do mundo, integralmente criados por Deus à sua imagem, necessitam receber a totalidade do evangelho, bem como compreender e viver a obra redentora de Cristo em sua plenitude, uma vez que todos nos desviamos à um pecado que abarca, com consequências temporais e eternas, o nosso ser por completo. Por isso, na missão não há povos, culturas, lugares ou nacionalidades que devam ser consideradas de forma prioritária: o campo missionário da igreja é a humanidade toda!

Nosso desejo com este breve resumo acerca da missão é inspirar-nos a todos, como povo de Deus em missão neste mundo, a não respirar “missões” somente um mês ao ano. Que este agosto seja apenas o início para que toda a nossa vida e empenho sejam consagrados ao serviço missionário entre todos os seres humanos, pois somos um povo missionário porque temos um Deus missionário!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Um Novo Pastor para a Igreja Espanhola


No último sábado, dia 29 de julho, estivemos em Sevilla, juntamente com uma comissão do Sínodo Nacional da Igreja Evangélica Presbiteriana da Espanha, para a ordenação do Alejandro Rodríguez Gordillo, membro da nossa igreja de Sevilla que conclui seus estudos teológicos e teve seu exame para a ordenação aprovado pelo Sínodo. Foi um culto muito abençoado e emotivo por se tratar do nosso terceiro pastor espanhol, e devido a que um dos principais objetivos da obra missionária e estabelecer e fortalecer uma liderança nacional. Oremos pelo Alejandro e seu ministério! Na foto o momento da oração de consagração do novo pastor.