O Fracasso Escolar infelizmente é uma experiência de muitas crianças e adolescentes. Os pais quando passam por esta experiência se sentem desolados e muitas vezes se vêm derrotados no fracasso escolar dos filhos. Somos atacados por nossas emoções, por nosso brio e nos vemos num atoleiro sem saída. Há uma mistura de dor, medo, decepção, de pena, raiva e impotência perante esta montanha que parece impossível de vencer. Porém, este momento não é a hora para analisarmos se somos bons pais ou não. Há excelentes pessoas que também um dia tiveram esta dura experiência de fracassar em alguma matéria ou série e que hoje são ótimos pais e excelentes profissionais.
A principal razão do Fracasso Escolar está relacionada ao desenvolvimento das habilidades de ensino-aprendizado eficientes. Se o processo de ensino aprendizado aportou habilidades suficientes para fomentar suas capacidades, alcançando o aprendizado do aluno. Neste processo estão envolvidos pais alunos, professores. Muitas vezes se gasta muito tempo para identificar traumas e culpar processos emocionais. Com isto não queremos menosprezar os processos emocionais, que sabemos são importantes, pois nossos filhos podem apresentar problemas emocionais ao sentir que não possui valor próprio e pensar que podem perder nosso amor e aceitação ao fracassarem na escola. Porém, sabemos que à medida que o orientador escolar identifique e juntamente com o aluno comece um programa para desenvolvimento de habilidades e estratégias para obtenção do êxito escolar. Nossos filhos experimentarão uma melhora significativa do bem estar emocional e físico decorrente desta vitória.
Temos que identificar o porquê ela não aprendeu e o que não aprendeu. O porquê e o quê este jovem ou criança não aprendeu podem ter muitas explicações, mas dependendo de sua idade e da série que se encontram serão aplicados testes básicos e específicos. Se a criança estiver nas séries iniciais ou no 1º ciclo do Ensino fundamental o avaliador poderá centrar-se nos testes para avaliações das habilidades visuais, auditivas motrizes e fonológicas. Além disso, deve-se avaliar os recursos prévios, como hábitos de autonomia, estilo educativo dos pais, hábitos de estudo, acompanhamento escolar dos professores e pais, se sabe ler e escrever e quais as dificuldades específicas de aprendizagem.
Há baterias de testes específicos para avaliar e identificar as possíveis causas do não-aprendizado. Se começa por alguns testes básicos e se houver necessidade se aplicam testes específicos e depois será desenhado um programa de intervenção individualizado para cada aluno.
Se for adolescente, os hábitos de estudo dirão muito. Há muitos estudantes que não seguem um método de estudo, há outros que simplesmente não estudam e não conseguem manter a atenção e o olhar no professor. Também há alunos que estudam muito e não tem rendimento satisfatório. O problema é quando o adolescente vem se arrastando e a cada ano passa raspando, quando as exigências de hábitos de estudo se tornam imprescindíveis ele fracassa por não o haver desenvolvido. Porém, se este adolescente realmente quiser e for incentivado com um bom programa de intervenção e um ótimo profissional, ele conseguirá ter êxito. Agora cabe dizer que as intervenções quando combinadas com o seguimento dos pais e dos professores terá muito mais chances de êxito.
Apesar de parecer extenso todos os itens a serem avaliados, o processo de avaliação não é necessariamente demorado. Em uma semana é possível aplicar os testes e elaborar o programa de intervenção a ser seguido pelo aluno pais e professores.
A intenção ao escrever este artigo lançar é um pouco luz sobre este tema e animar as famílias que manifeste seu amor a seus filhos através do incentivo com palavras de ânimo, de afeto, valorizando seus filhos por suas pequenas conquistas diários e também perdoando suas faltas.
Rosa Maria de Oliveira del Pino - mestranda em Psicologia da Educação UIMP
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